segunda-feira, agosto 21, 2006

Experimentos

Hoje realmente aprendi demais.
Não, não errei demais para dar aos meus erros o nome de experiência.
Errei normalmente,
como erro sempre normalmente.
Mas sei o bastante para não tratar minha experiência como erro.
Para o erro, basta a volúpia.
(e isso sobra no meu corpo)
E é porque minha alma pede demais.
E, mesmo assim, o corpo que carrego
e a alma que habita nele
nunca se entendem.
Meu abismo mais profundo
é não saber se amo demais
ou nada amo
por medo de nada receber...
Dessa confusão nasce a minha volúpia e domina todos os gestos.
Fico tentando acertar todo o tempo.
Erro por não saber a quantidade de amor que quero dar
e por saber que quero receber demais.
(e, para mim, o demais ainda é pouco)
Só não quero errar comentendo o erro de não amar, iludindo-me com a idéia de que, assim, tornar-me-ei mais experiente.
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(Os nossos mais fracos impulsos são aqueles cuja natureza nos é conhecida. Muitas vezes, pensando fazer uma experiência sobre os outros, fazêmo-la, na realidade, sobre nós mesmos. Oscar Wilde)
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(Escrito em 13 de dezembro de 1999. Acho que em Cruz Alta/RS. Sem correções ortográficas ou outras, como os demais. Inspirado nesse trechinho do Wilde aí em cima.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Não é um pedido, é um aviso:
Vou roubar e postar no meu flog.

A única pergunta que farei é se você prefere que eu cite a referência com o link do seu blog, seu flog, orkut, todos ou outros.

E se você não responder até amanhã, post com todos.
:p

=*
J.