segunda-feira, junho 25, 2007

Ali sentada


Fiquei ali sentado, sentado sobre as mãos...
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Não sei o que é (é raro eu saber o que é). Mas sempre sei o que não queria que fosse (a gente sempre sabe o que não queria que fosse, principalmente quando fica tendo impressões de que é, e pronto). Mas quero deixar bem claro que não queria que eu fosse assim. Os vampiros ficariam orgulhosos. Os gatos, nem todos.
Quero conseguir respirar aliviada por ter achado que era, e não ser exatamente aquilo que acho sempre (e que me persegue nos meus sonhos). Mesmo que seja. Mas que não seja exatemente como eu penso (ou deliro, ou sonho). Quero que seja menos cruel. Mais aliviante. Que me torne menos assim. Mais do jeito que eu deveria ser, se fosse um gato. Um gato menos Vincent, mais Lua, que não existe.
(mas de qualquer forma, é bom poder deitar na grama e delirar aqui... só falar não adianta... embora ainda tenha muito o que falar...e continuar me perguntando - pro resto da vida talvez - o porquê de ser assim comigo, sempre.)
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(eternamente e para sempre. para sempre e eternamente).

domingo, junho 10, 2007

Novamente o tempo







E o que vem a ser o tempo, senão aquele que monta sobre você e o cavalga?

segunda-feira, junho 04, 2007

Algumas coisas

- Algumas vezes, para algumas coisas, você não pode fazer mais nada.

- Quem foi que disse isso?

- Foi num sonho que eu vi isso. Às vezes eu vejo coisas em sonhos.

- Hum... eu sempre acho que dá pra fazer alguma coisa e mudar essas coisas que dizem que não dá mais pra mudar porque já estão escritas... essas bobagens todas de destino...

- Destino. Bobagens de destino... Uma vez eu disse que não queria mais colecionar amores, só histórias. Colecionei algumas histórias e depois veio de novo o amor. Agora não sei mais se mudei o destino (pq não era para eu ter mais amores, só histórias), ou se eu me confundi sobre ele. Ou se estou agora juntando histórias de amores. Amores que também precisavam de amores e não só de histórias. Vá saber...

- Mas se você fosse um gato, aposto que você faria.

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[No sonho estávamos nós ali, sentadas, em cadeiras brancas de metal. De repente ele chegou e abraçou. Antes beijou os seus pés, e a adorou. E a abraçou, abraçou, abraçou. Abraçinhos lindos e apertados, quase com sono. E eu fiquei olhando. Pensando que não podia fazer mais nada. Que era uma daquelas coisas em que não se pode fazer mais nada...]