quinta-feira, setembro 28, 2006

SID E NANCY






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Algo além de sexo e drogas,
Algo sem hora marcada.
Má influência,
Chegando assim, bem de repente...
Vício, demência.
(Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça)

Sid amava Nancy?
Ele sabia o que era esse Amor que parecia querer ensinar?
Muita anfetamina...
O amor é um beijo que se eterniza em uma fotografia?
Sorriso.
Ou é um vício que não existe,
Criado apenas para Sid e Nancy,
Romeu e Julieta,
Mikey e Mallory.

Oh, Sid! A vida é um filme,
Será que você não compreende?
Arco-íris, gatinhos sorrindo,
Muito vento...
Esse é o País das Maravilhas.
(... meu grande amor me reconheça...)

Viver e (é) esperar.
Viver e (é) não esperar.
Nancy morreu.
Sid sobreviverá?



sexta-feira, setembro 22, 2006

Who are you?





















Quem é você que eu desconheço e não espero?
O que quer de minha alma, se ela é alada e deliberadamente sonha em não fugir mais (de mais nada)?



Se a poesia sair da cabeça direto para o papel sem causar engano, sem suar pelo avesso, sem padecer na exatidão e sem se dignar a dar respostas, idéias apenas ao corpo... Você poder ser perfeito.

Mas, se o que aqui não perfeito, eu posso tornar...

(Lembra da história de que eu farei reis todos os homens que amar?).


Tenho que pedir para o meu coração parar um tanto,
E esquecer o resto do universo.

Se você for o que merece...
Tenho inclusive que te comunicar
Descomplicar
Simplificar
E até trocar esses seus olhos
Sem fundamento
Pela minha (in)trafegável boca pálida...

(Basic-romance-tragedy-dramatic by Angie nos idos dos anos noventa. Platonismo é lírico.)

terça-feira, setembro 12, 2006

Conhaque



Como um gole de conhaque
Eu queria te beber
Agora estou bêbada já.
É tarde
A culpa é minha.
Eu sempre induzo tudo
Quero mais é sumir do mapa.
E a espera...
Eterna?
Quero morte aos calhordas.
Quero sangue me escorrendo pelos olhos.
Quero colo.
Eu to com medo
Juro que se eu gostar demais
Esqueço.
Esquece.
(Enlouqueça).
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(não lembro a data dessa. só sei que tô comendo gelo agora e é bom)

sexta-feira, setembro 08, 2006

Livre arbítrio


Mentira sob pressão
Cálice sem vinho
Essa droga de beijo sem paixão
Namoro sem traição
Palavras sem saliva
Olhar sem ver
Cuspir sem catarrar
Nojo sem cara feia
Cocaína sem tristeza (depois)
Encostar sem tremer
Choro sem riso
Culpa sem erro
Tudo muito sujo sem pano pra limpar.
Você acha fácil a repulsa sem antes a atração?
Gostar muito sem antes achar que esqueceu?
Você acha possível entender sem sequer ouvir?
Te adorar e não te sentir?
Mentira com intenção
Jogo sem final
Transparência sob fumaça.
Você acha possível eu te enxergar e negar até a morte?
Chantagear minha alma, meus vícios, meus estúpidos segredos... (?)
Cada frase tem sentido, mas pode não ter pra quem não o vê.
De repente eu paro (e não penso).
Só quero acabar essas linhas antes que o meu corpo encntre o livre arbítrio.
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[Escrito na minha primeira aula de direito civil, na faculdade. Sim, lá pelos anos noventa...haha. Eu estava aprendendo que os pactos devem ser conservados, de acordo com o velho direito civil. E, veja os comentários escritos empilhados do outro lado da folha do caderno:
- Tambem morre quem atira.
- Porque os remédios normais não amenizam pressão.
- Dinheiro você já tem. Eu te ofereço o meu vício.
- Hey Joe!
- Legião de demônios.
- Angel.
- 97015230.
- Ausentes = pessoas que eu não enxergo.
- Coerência.
- Tukesabes.
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É. Que medo de mim. Eu era (?) macabra...hehe]

quarta-feira, setembro 06, 2006

Ãh?! Por que?












"O meu pensamento é um paradoxo entre a consciência de uma coisa que eu sou e de tudo o que tenho agora – com a alucinação que a minha vida provoca em mim cada vez que eu penso que sou um pássaro que pode tudo.
Porque será que a vida da gente não é uma boa música dentro de um carro conversível em uma estrada quase deserta em direção a algum lugar que nunca faça a gente chorar?
Para quê a gente deixa deixa que tudo desapareça e nem tenta ver se aquela coisa ainda está lá?
Para quê a gente está sempre vivendo os dias ruins, esperando por um ou dois dias maravilhosos?
(...)Na esperança que um dia o mundo acabe..."
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(Inquietude. Esse é o teu nome, Angie.)
(Entre os anos noventa e os dois mil...)

domingo, setembro 03, 2006

Resposta à Stan Rice


DESAFIO vai ser seu nome
Porque não consigo ser isso.
Vai vazar qualquer verso entupido
Como artéria de fumante
Compulsivo
Pode ser o poema ou o fumante
Mas será o poeta que
Também é fumante.




DIFICÍLIMO inventar, ejacular.
Todos os poetas já trouxeram o que
Pode ser trazido
À tona
E ejacular é coisa para homem.
Eu posso sentir isso.
Coisa que mulher faz muito bem
E as fumantes sentem melhor
Embora existam controvérsias.

Não trago aqui um poema
Para você pode ser que não
Mas deve haver um ritmo em um poema.
O que hoje trago aqui é uma revolta.
De hoje,
E talvez sempre – porque talvez é uma constante em alguém interessante –
Eu ter medo de desistir
E isso me faz poder,
Ainda bem,
Continuar fazendo parte de tudo
O que não rima

Mas ainda vive num papel e aceita desafios...
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(Dois mil, noventa e nove... por aí. Lendo um dos livros de vampiro da Anne Rice)

sexta-feira, setembro 01, 2006

Linhas - desabafo (no túnel do tempo)

Não quero superfícies rugosas, mas também não as quero lisas.
Não quero declarar, mas eu não vou jamais calar.
(E, porque eu estou rimando, se odeio poemas rimados?!)
E... poema? Eu não sei o que é direito. Tem diferença de poema para poesia, ou cada um é um e cada outro é outro?
Não tem mesmo mais nada, negro ou meu amor.
Só que adoro pensar em suas veias para escrever.
Eu sempre acabo desviando o meu caminho.
Tenho muita vontade de dar o fora.
Mas acho que sou covarde demais para isso.
Eu não consigo esquecer os mortos.
Eu não tenho certeza se eles não levantam mais mesmo.
Mas eu escrevo, às vezes, exatamente o contrário do que penso.
A minha teoria, de verdade, é que eu tenho que ser muito mais corajosa do que covarde para não dar o fora.
O mundo aqui é ou não é mais pesado que o de lá.
Mas eu não sei.
E é isso que faz o choro que eu tenho por dentro nunca sair.
E quando sai, eu não sei mais se queria.
Peso é acreditar no que invento, e detestar viver sem a dor da diferença.
Mas hoje,
Hoje chorar está difícil de inventar.
Chorar,
parece que vou, mas eu sei que não vou
chorar.
Tudo é tão mais ou menos e eu detesto o
Mais ou menos.
Cortando tudo desse jeito vai ser demorado o meu livro.
Que livro? Eu ando muito pessimista para isso agora.
Entrei em férias, gritarm comigo, minha mãe não gostou nada...
Eu continuo esperando o amor chegar.
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(Quem nunca foi louco aos dezoito anos, no primeiro ano de faculdade, que atire a primeira pedra. Aff! Mas eu era MUITO. Era?)