sexta-feira, janeiro 26, 2007

Love is


Ontem um vampiro me mordeu.
Ele era esquisito. Não queria me levar o sangue.
Queria me convencer a morar nas suas terras.
Ele tinha orelhas pontudas, usava um arco nas costas e vagava entre os mundos.
Eu quis trazer ele para o meu mundo, afinal, nunca tinha visto um vampiro como ele.
Mas, para esse vampiro, o meu mundo era demasiadamente frio. E humano.
E ele não gostava de humanos.
Mordeu-me porque eu não era humana. Já era uma vampira quando ele me mordeu.
Mas era incrível, pois eu tinha o sangue que ele precisava, mesmo assim.
E ele não era um vampiro de verdade. Era um elfo, e eu não sabia o que era isso.
E me mostrou o seu mundo.
E eu achei inacreditavelmente perfeito,
como jamais imaginei que houvesse.






;*****


[Isso era para ser uma poema de verdade. Mas no fim, se transformou em declaração, depoimento de orkut. Eu fiz no ano passado para o Rao. Postei hoje pq combina com o dia ;) E dá-lhe literatura vampiresca, hehe.]

segunda-feira, janeiro 22, 2007

.Poema de um ponto.


Álcool e carne desprendida no espaço! Sem humanidade, sem doçura, metade de um ser, onde somente Caim habita!

Uma imagem que sempre tem no fundo garrafas brilhantes dispostas simetricamente. Moldura pouco minimimalista para Ela em seu paraíso de taças e futilidades. Cenas bizarras no frontal triangular no templo de Perséfone. - Por favor, um pouco de Baudelaire e um Marlboro Red!

Por tantas vezes fechei os meus olhos com força em meio à madrugada! Pretendia espantar o medo de encontrar olhos tão tristes e corpo cansado, intoxicados por poções e perturbados por pensamentos inacabados e coração tempestuoso.

Medo que a encantadora velocidade dos acontecimentos fosse destruída por uma realidade que não queria crer existir. No calendário Maia o sol retorna ao seu ponto inicial. Agora!? Agora a certeza! Por isso em parte acalmo meu coração por não mais ter que imaginar alguém que nunca existiu, e por outro, finalmente em toda a loucura de viver, poder me arrepender de algo!

Infelizmente todo o ódio da crucificação da areias de Jerusalém! Todo a dor das orações e todo o sangue derramado pelos pecados... foi me entre como um pequeno presente! Na Caixa de Pandora... nem mesmo a esperança de carinho resistiu a tanto mal!

Livre de tudo e de todos... me refresco na brisa salgada do mar e admiro com devoção o pôr-do-sol atlântico. Sou gênesis novamente! O cheiro do enxofre se dispersa em meio a imensa felicidade!

Lá vai Ela em passos etílicos ela novamente se misturar à multidão! Tenho certeza que não posso mais encontrá-la! Sem brilho... somente mais um rosto anônimo e estéril.

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(Não é de minha autoria. É para lembrar que nem sempre é o destino. Às vezes pode muito bem ser a ocasião. E assim dizia Butter, o pato)