sexta-feira, setembro 01, 2006

Linhas - desabafo (no túnel do tempo)

Não quero superfícies rugosas, mas também não as quero lisas.
Não quero declarar, mas eu não vou jamais calar.
(E, porque eu estou rimando, se odeio poemas rimados?!)
E... poema? Eu não sei o que é direito. Tem diferença de poema para poesia, ou cada um é um e cada outro é outro?
Não tem mesmo mais nada, negro ou meu amor.
Só que adoro pensar em suas veias para escrever.
Eu sempre acabo desviando o meu caminho.
Tenho muita vontade de dar o fora.
Mas acho que sou covarde demais para isso.
Eu não consigo esquecer os mortos.
Eu não tenho certeza se eles não levantam mais mesmo.
Mas eu escrevo, às vezes, exatamente o contrário do que penso.
A minha teoria, de verdade, é que eu tenho que ser muito mais corajosa do que covarde para não dar o fora.
O mundo aqui é ou não é mais pesado que o de lá.
Mas eu não sei.
E é isso que faz o choro que eu tenho por dentro nunca sair.
E quando sai, eu não sei mais se queria.
Peso é acreditar no que invento, e detestar viver sem a dor da diferença.
Mas hoje,
Hoje chorar está difícil de inventar.
Chorar,
parece que vou, mas eu sei que não vou
chorar.
Tudo é tão mais ou menos e eu detesto o
Mais ou menos.
Cortando tudo desse jeito vai ser demorado o meu livro.
Que livro? Eu ando muito pessimista para isso agora.
Entrei em férias, gritarm comigo, minha mãe não gostou nada...
Eu continuo esperando o amor chegar.
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(Quem nunca foi louco aos dezoito anos, no primeiro ano de faculdade, que atire a primeira pedra. Aff! Mas eu era MUITO. Era?)

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